A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Alto Paraíso, com apoio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Valparaíso, cumpriu, nesta terça-feira (24), um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva em desfavor de um homem de 55 anos, pelos crimes de maus-tratos de animal doméstico, praticado em continuidade delitiva, e ameaça, condutas tipificadas nos artigo 32, § 1° – A da Lei 9.605/98, por diversas vezes, c.c. artigo 147 do Código Penal. A Operação recebeu o nome de São Francisco de Assis, em alusão ao santo “protetor dos animais”.
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De acordo com as investigações, um caseiro de uma Fazenda de Alto Paraíso maltratou, por inúmeras vezes, um filhote de pastor alemão, de seis meses, chamada “Kira”. Os maus-tratos foram presenciados pela funcionária e pelo vizinho da propriedade.
As testemunhas presenciais alegaram em depoimento que tentavam evitar o delito, mas eram constantemente ameaçadas pelo investigado, o qual dizia que iria matá-los, caso denunciassem o crime ao dono da cachorra.
Contudo, em virtude das agressões, a cachorra ficou em estado extremante debilitado, com hemorragia interna e com aparente abuso sexual, quando, então, o dono do animal tomou conhecimento dos fatos e a levou imediatamente a Brasília/DF, onde o filhote permaneceu internado em clínica veterinária.
As testemunhas relataram que os maus-tratos eram contínuos, principalmente durante a noite, quando elas estavam dormindo. Consta ainda nas declarações das testemunhas que o investigado arremessava a cachorra contra o arame e batia nela com pedaço de madeira.
Após ter conhecimento dos fatos, o proprietário da cachorra demitiu o caseiro e ele também passou a ameaçá-lo. Além das testemunhas presenciais, foram juntados aos autos vídeos comprovando o delito, além de todo relatório médico veterinário que comprova as agressões.
Em virtude dos fatos, na data de hoje a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão preventiva e busca domiciliar na cidade de Alto Paraíso, cidade para qual o suspeito se mudou após a demissão. Após as comunicações de praxe, o preso foi recolhido à unidade prisional e encontra-se à disposição do Poder Judiciário.